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terça-feira, 14 de agosto de 2007

Imprensa: o Quarto Poder?!

A administração do Estado funda-se sobre três poderes essenciais: o legislativo, que cria as leis; o judiciário, que faz cumprir as leis e o executivo, que cumpre as leis, mas eu ousaria em inserir aí um quarto poder, responsável por cobrar o cumprimento e denunciar as transgressões às leis: a imprensa.

A imprensa é um fenômeno recente com mais ou menos 300 anos de existência, e no principio a serviço da sociedade burguesa e suas atividades lucrativas (guarde bem este período).

Com a melhoria nos materiais utilizados para difundir a informação (do papiro ao papel) a imprensa foi se expandindo aos poucos até tornar-se a poderosa instituição que é hoje.

Mas se outrora a imprensa tivera o poder de cobrar, denunciar, de esclarecer o grande público a respeito da realidade e da verdade esta já não é mais a função prioritária dos veículos de comunicação atual.

Ela tornou-se tendenciosa, manipuladora, manipulada. A transformação da Imprensa em mercadoria foi um processo que levou a materialização de produtos como forma de ganhar dinheiro e com a transformação dos centros comerciais foi uma forma de gerar lucros nunca vistos antes. Parece que na verdade ela nunca fugiu ao seu princípio (lembra do período grifado anteriormente?).

Aqui no Brasil onde a imprensa só se fortaleceu nos moldes como a conhecemos hoje a partir da segunda década do séc. XX e este fortalecimento veio ligado aos interesses de poucas famílias e grupos políticos. Conclui-se que, por mecanismos diversos, a grande imprensa contribuiu decisivamente para a introdução da agenda ideológica neoliberal no país, pois atuou de forma a "divulgar e vulgarizar" as idéias pertinentes a este ideário e de forma militantemente conservadora e patronal.

Já não vemos no Brasil uma imprensa imparcial e atuante. O que vemos são sensacionalismos, tendenciosismos e um grande descaramento por parte de alguns dos seus profissionais, aliás, diga-se de passagem, que se não fosse a competência da maioria dos profissionais que trabalham para a imprensa brasileira a nossa imprensa não seria marrom, mas roxa. Roxa igual a nossa cara de raiva diante de tamanho descompromisso com os interesses da coletividade.

A ética é algo que está caindo no esquecimento. E a notícia já está sendo confundida com opinião, especulação.

Esse é um quadro que pode e deve ser mudado e se não há como mudar a “mentalidade” da imprensa atual temos então que formar nos futuros profissionais da imprensa uma mentalidade de compromisso, respeito, ética e, sobretudo responsabilidade com o público e com o desejo de oferecer-lhe uma imprensa de qualidade.

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