Por Pedro Ferreira*
Surgiu como um antídoto aos anseios de uma população fragilizada pela miséria, pelos excessos de uma política que de certo modo os marginalizou. Forjado de sistema igualitário em busca de uma sociedade mais justa o socialismo ficou marcado na história como um modelo ultrapassado e sem dúvidas um exemplo a não ser seguido.
Começa com Lenin, que impõe uma ditadura sem acreditar na possibilidade de haver democracia na Rússia, com isso o mesmo passa a massacrar todos aqueles que não concordam com sua ideologia. Stalin dá continuidade ao legado de horror deixado por Lenin perseguindo até mesmo companheiros políticos. Foi responsável pelos assassinatos e prisões de vários opositores oficiais militares, membros de partidos e seus familiares, dizimou vários grupos étnicos dentre os quais judeus e nesse ponto superou Hitler. A violência estatal como instrumento de reconstrução chegou ao seu apogeu sob os domínios do stalinismo.
Com Brejenev o socialismo começa a sua decadência econômica e ideológica. Já era explícito a total estagnação do sistema altamente burocrático e abarrotado de funcionários publico, com uma economia fragilizada perceptível nas milhares de pessoas que se amontoavam em filas imensas para obter alimentos e roupas. O PIB da União Soviética nesse momento já havia sido ultrapassado pelo do Japão que há pouco passara por uma crise. Mas em oposição a todos esses acontecimentos, detentores de cargos privilegiados eram agraciados com enormes regalias indo contra tudo o que o sistema propunha.
Chega o período marcado por Gorbachev que anuncia a URSS a glasnost, ou transparência e a perestroika, ou restruturação, como os próprios nomes advertem corresponde a tentativa de salvar o que restou do socialismo. O que Mikhail não contava era que com a glasnost, vários países obrigados a participar da URSS tiveram maior acesso às práticas utilizadas para essa coerção o que fomentou enorme ressentimento e conseqüente rompimento com o partido, o que ocorreu a Polônia e outros países do Leste Europeu.
Hoje poucos países arriscam-se a implantar esse modelo de socialismo, alguns até tentaram como no caso da China, que com Mao Tse-tung decide utilizar o marxismo-leninismo, mas como já era de se esperar fracassou. Percebendo isso seus sucessores decidem implantar um novo sistema mais voltado para o capitalismo que vem dando certo.
Não sabemos se todos esses resultados conclamam o fim desse sistema, e é bem provável que ainda haja pessoas que compartilham o sentimento de uma sociedade igualitária. Mas, como vimos, não há igualdade no social.
*Pedro Ferreira é estudante do curso de Comunicação Social da UFMA e aceitou gentil e gratuitamente - o que é o melhor - colaborar com nosso humilde blog.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
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