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domingo, 17 de fevereiro de 2008

A Ética Coletivizada

Estou com pouco tempo para dedicar ao blog nos últimos dias, mas, como acabo de ler em A Virtude do Egoísmo (de Ayn Rand) um trecho que me chamou a atenção, resolvi fazer a força de vir aqui postá-lo.

Um homem que está disposto a servir como meio para outros fins, necessariamente considerará os outros como meios para seus fins. Quanto mais altruísta ele for, mais criará esquemas “para o bem do gênero humano ou da sociedade”, “do público” ou “das gerações futuras”, ou de qualquer coisa, exceto seres humanos reais—esquemas a serem impostos por meios políticos, isto é, pela força, sobre um número ilimitado de seres humanos.

A pergunta que ninguém responde sobre todos os objetivos públicos “desejáveis” é: para quem? Desejos e objetivos pressupõem beneficiários. A próxima vez que você encontrar um desses sonhadores “com espírito público”, que lhe dirá com rancor que “alguns objetivos muito desejáveis não podem ser atingidos sem a participação de todos”, diga-lhe que, se ele não puder obter a participação voluntária de todos, seus objetivos ainda serão excelentes, mas inatingíveis, e que as vidas dos homens não estão à sua disposição.
Ayn Rand - A Virtude do Egoísmo (1964)

Um resumo de A Virtude do Egoísmo e de muitas outras obras estão disponíveis para download no site do Instituto Liberal.

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