Em reportagem especial para a Newsweek da semana passada, Fareed Zakaria, editor da publicação, desmitifica a imagem que Bush criou de si mesmo desde a invasão ao Afeganistão, a de presidente da guerra: "Desde 1945, apenas um presidente não envolveu tropas americanas em combates".
Segundo ele, envolvimentos em conflitos estrangeiros, onde há interesses em jogo, sempre foram comuns em países considerados superpotências de sua época. Assim foi com a Inglaterra, no século XIX e início o século XX, e assim está sendo com os EUA, desde o fim da Segunda Guerra.
Zakaria ainda ironiza a guerra contra o terrorismo. Diz que, agora, está mais parecida com uma cold war, em referência à Guerra Fria, do que com uma hot war. Isso se deve ao esforço conjunto que vários países fizeram contra o terrorismo desde o 11 de setembro e ao constante declinío dos grupos extremistas islâmicos desde a época, que hoje, por não terem apelo às massas, sofrem repúdio da maior parte do mundo mulçumano.
Argumentos como esses reforçam a tese de que manifestações "fora Bush" no mundo todo, como as que aconteceram no Brasil com a sua vinda, são mais reflexo da imagem que o próprio Bush criou de si mesmo e da intensa exploração da mídia sobre os conflitos em que se envolveu em seu mandato, do que propriamente de seus procedimentos na presidência dos EUA.
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