terça-feira, 8 de abril de 2008
A força estudantil
Em 1923, Hitler segue em marcha com integrantes do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista, com a intenção de tomar o poder da região da Baviera, para, em seguida, dominar Berlim. O episódio, que ficou conhecido como Putsch da Cervejaria, na verdade, não passou de uma tentativa de golpe que fracassou fragorosamente. A marcha foi reprimida pela polícia, e Hitler, condenado a cinco anos de prisão em Landsberg, por alta traição. Dia 3 de abril, a reitoria da Universidade de Brasília foi invadida por estudantes que exigem a renúncia do reitor Timothy Mulholand. Pouca coisa diferencia Hitler desses fascistóides, que coagem a administração da universidade para fazer exigências e invadem reitorias. Pouca coisa diferencia os estudantes de Timothy Mulholand. Ambos se apropriaram indevidamente de bens públicos.
Essas “ocupações” sempre seguem a mesma dinâmica, desde o ano passado, quando se tornaram moda. Os estudantes por algum motivo qualquer se revoltam. Invadem a reitoria. Vem um mandato judicial de reintegração de posse. Os estudantes, obviamente, desobedecem ao mandato. Permanecem na reitoria até conseguirem promessas. E logo depois vem a parte em que eles saem alegres e vitoriosos, e a administração, finalmente, volta a trabalhar. Depois, nada. Hitler, após o Putsch da Cervejaria, pagou seus crimes. Os estudantes, não. Invadem e muitas vezes depredam um patrimônio público, impedem trabalhadores de cumprirem suas funções, prejudicam a administração da universidade, descumprem ordens judiciais e nada. Continuam soltos por aí, tramando uma nova “revolução”.
----------------------------------------------------------------------------------
Informações sobre a ocupação da UnB, clique aqui
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário