É insuportável, ultrajante. Beiram a barbárie as péssimas maneiras dos alunos. E a cultura de “vitimização”, comum nos meios estudantis, não nos permite perceber que a falta de delicadeza que praticamos e sofremos todos os dias agrava ainda mais o aborrecimento da espera incômoda.
Chego muitas vezes a duvidar que esteja realmente indo para uma universidade quando presencio os empurrões e atropelos nas entradas dos ônibus. Estudantes de ensino superior, pessoas esclarecidas, presumo, se amontoam na porta, empurram umas as outras e desrespeitam a ordem de forma totalmente grosseira e deselegante. É em momentos como esse que me pergunto se isso é realmente uma civilização e se esses jovens merecem estar numa universidade*.
Assim como todos, estou sempre com pressa. Estamos com pressa o tempo todo. Mas nada justifica a invariável falta de educação no acesso aos coletivos. Educação é um hábito que deve ser conservado em todos os momentos.
Respeite a fila. Se estamos decepcionados com a falta de coletivos e o penoso percurso casa/trabalho--universidade, deveríamos preservar o mínimo de polidez nos momentos em que esperamos pelo transporte. Com que cara-de-pau podemos reivindicar algo das autoridades se são os próprios estudantes os grandes responsáveis por nossos problemas?
* Espetáculo mais asqueroso só no caos do terminal do São Cristovão, onde, definitivamente, acaba a civilização.
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