Imprensa plural? Resposta: o blog é meu e eu ponho o que eu quiser

Quando o tema é imprensa, a discussão, principalmente se estiver sendo travada na academia, sempre acaba chegando à falta de pluralidade da mídia, invariavelmente na queixa da falta de espaço que supostas minorias têm nos meios de comunicação. Como se a mídia tivesse a obrigação de mostrar sempre todos os lados, ou pelo menos, dois. Não concordo. Se a pretensão de um jornal ou revista, por exemplo, é ser plural e essa for a sua razão de existir, maravilha. Agora se não for essa a intenção, azar.

Acho que a imprensa deve mostrar a verdade, os fatos, sob o ponto de vista que lhe for conveniente. E cabe ao leitor julgar a qualidade ou a relevância do que está sendo dito.

Ditar o que a mídia tem ou não tem que mostrar ou a forma que tem que tratar determinado assunto é restringir a liberdade que os detentores dos meios de comunicação têm de escolher como irão mostrar e julgar os fatos. Sim, os detentores dos meios de comunicação são seres humanos, e, pasme, também têm direitos. Eles que decidem o que irão veicular nos seus jornais, revistas, emissoras ou tudo junto. E você decide se vai acreditar ou não. Melhor ainda, você decide se vai assistir/ler/ouvir ou não. Simples, não é?

Mas e quanto as pessoas mais carentes e sem instrução? - você pode estar se perguntando. Como elas terão capacidade de discernir o que é verdade ou o que é "manipulação"? Quem tem que dar educação a essas pessoas, pergunto eu, escola ou canais de TV? E você, pessoa que se julga suficientemente livre e esclarecida para me contestar, como chegou a esse grau de discernimento: lendo ou assistindo a novela das oito?

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